quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Feliz Propagandas Natalinas!!

Todo fim de ano sempre tem um comercial de natal que fica marcado, alguns ficam esquecidos pelo tempo, outros são lembrados de alguma maneira.

Nos esquecidos pelo tempo dois exemplos antigos: o comercial de natal da Varig em 1960 que durou cerca de 18 anos com a mesma música e o comercial do banco Bamerindus de 1974 que ganhou um prêmio como a melhor mensagem de natal da época.


O Boticário em 2006 lançou um comercial de Natal com uma mensagem muito bonita. Simplesmente uniram Natal, Amor e Poesia, trazendo na memória uma das coisas mais lindas e sinceras que existe na vida! Abaixo a poesia de Luís de Camões, decorada pelo garoto.

Amor é fogo que arde sem se ver, 
É ferida que dói, e não se sente, 
É um contentamento descontente, 
É dor que desatina sem doer 

É um não querer mais que bem querer, 
É um andar solitário entre a gente 
É um nunca contentar-se de contente, 
É um cuidar que ganha em se perder 

A Coca-cola fiz questão de relatar um pouco mais, pois trata-se de uma marca que nunca passa despercebida no natal, pelo contrário, muitos esperam os comerciais para ver qual a novidade do ano. Mas todo esse sucesso tem uma explicação, alguém sabe de onde surgiu o sucesso do bom velhinho da roupa vermelha? Pois é, o Papai Noel foi um cartunista que estabeleceu as cores atuais (antes era verde e marrom) que o identificou com a Coca-Cola e transformou o Papai Noel num sucesso que ultrapassou o conceito da marca e chegou na maioria dos lares do mundo inteiro.

Esse foi o primeiro Papai Noel num comercial da Coca-Cola:

jingle foi adaptado ao Brasil:

Vai me dizer que ainda duvida do sucesso dessa campanha? Então assista ao próximo vídeo e nesse natal aproveite seu refrigerante, seja ele qual for, afinal isso daqui não é propaganda mas sim um reconhecimento à criatividade natalina!!

Para encerrar, aquele que eu achei o melhor comercial de Natal de 2011. Campanha da Bauducco "O que a vida separa o Natal aproxima".


Então, já decidiu para quem vai seu panetone??


BOAS FESTAS!!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Abram as porteiras e sejam criativos!!


Merenda escolar, turismo rural e meio-ambiente podem alavancar crescimento da agricultura familiar no país caso sejam aproveitadas as oportunidades do setor.

O agronegócio brasileiro possui duas formas diferentes de classificar o empresário rural, através da agricultura patronal ou pela agricultura familiar. A primeira trata-se, principalmente, de empresários rurais que investem em alta tecnologia no setor, utilizando trabalhadores contratados e adquirindo médias ou grandes propriedades. Já a agricultura familiar se caracteriza por pequenas propriedades, mão-de-obra familiar e que tenha sua renda predominantemente provinda da propriedade.




Tendo em vista a grande dificuldade do agricultor familiar em desenvolver seu negócio, o governo estabeleceu a Lei nº 11.947/2009 que determina a utilização de, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo FNDE para alimentação escolar, na compra de produtos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações, priorizando os assentamentos de reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas (informação retiradas do site do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA). Entretanto muitas cidades não conseguem estabelecer esse valor por falta de qualidade ou pela própria falta de oferta de produtos originários da agricultura familiar. Outro entrave é que muitos produtores não possuem conhecimento dessa exigência que representa uma excelente oportunidade, por se tratar de uma demanda fixa que lhe proporciona um preço justo, podendo inclusive eliminar a figura do atravessador, caso exista.


Porém a agricultura familiar pode ir mais longe, a geração de informação é essencial nos dias atuais para a sobrevivência do negócio, identificando assim oportunidades e qual a melhor decisão a ser tomada pelo empresário rural. Entretanto, somente isso não basta, é preciso inovar, ser criativo, gerar novas receitas aproveitando o que a fazenda pode lhe oferecer de melhor. Verificar o custo de oportunidade é necessário, criando assim novas alternativas para o negócio.


Espera-se que, com a chegada da Copa do Mundo de 2014, vários turistas de diferentes países venham para o Brasil. Seguindo essa lógica já se começa a desenvolver em algumas propriedades o turismo rural, que são pessoas que pagam para usufruir de algumas atividades do meio rural. O agricultor familiar consegue dessa maneira um novo fundo para levantar seu capital, para isso ele cobra a entrada na propriedade (a oportunidade do turista usufruir das riquezas naturais da fazenda), estadia, passeio à cavalo, trilhas, etc. Além do turismo, o agricultor familiar pode optar por manter recursos naturais na fazenda, o que gera uma receita adicional por não prejudicar o meio-ambiente.

A criatividade é essencial para o desenvolvimento de qualquer seguimento e o Brasil é um país que possui o agronegócio como a principal fonte de recurso e dentro desse encontra-se a agricultura familiar, que com todas essas vantagens, não pode ser descartada.

"Se daqui a cinco anos você estiver no mesmo ramo em que está hoje, seu negócio não existirá mais"
"No passado, nós apenas vendíamos para os clientes e hoje eles ajudam a criar o futuro dos nossos negócios"
Philip Kotler.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Gergelim é cultura!!

Pouco desenvolvida e emergente no Brasil, a cadeia produtiva do gergelim apresenta inúmeros problemas e o maior deles é a competitividade.


Matéria-prima utilizada no processamento de diversos produtos como óleos, tahine (produto que substitui a manteiga, maionese e creme de leite),  pães, biscoitos, dentre vários outros produtos que são pouco conhecidos pela maioria dos consumidores. Sua comercialização é antiga, sendo difundido no Brasil na primeira instalação da McDonalds no país, mais precisamente na década de 80. A partir desse momento o país começou a sentir a importância do gergelim para o setor e o crescimento da cultura se deve basicamente, em seu início, ao consumo principalmente do pão de hambúrguer. Foi nesse momento que as empresas de fast-food começaram a exigir garantias para produtores que produzissem dentro das necessidades deles, abrindo um novo segmento no mercado brasileiro que trouxe alternativas a diversos agricultores do país, mas principalmente ao Centro-Oeste onde se encontra a maior concentração e desenvolvimento da cultura atualmente.

A cadeia produtiva do gergelim, por ser pouco desenvolvida e emergente no Brasil, possui problemas de grande relevância. Porém, um dos que mais se destacam é a competitividade dentro do país e em relação a outros países produtores. Ao dividi-la em setores, fica claro que os problemas se encontram por toda sua extensão.

Por sua tolerância à seca e facilidade de cultivo, apresenta alto potencial agronômico, podendo ser usado em rotação e sucessão de culturas, consorciado com o algodão. Mas mesmo tendo vantagem neste aspecto, o Brasil apresenta safras que não dão suporte ao consumo interno, fazendo com que haja a necessidade de importação do produto. Portanto, seria interessante expandir a produção de gergelim no Brasil de modo a suprir o mercado interno que cresce cada vez mais, e principalmente o mercado externo (países ricos de clima frio, não apropriados para o cultivo), buscando atingir tais mercados.

O cultivo brasileiro de gergelim concentra-se nas mãos de poucos produtores, que detêm a maior parte da produção, com isso torna-se difícil sua coordenação, enfraquecendo assim, sua comercialização. Isto é, o poder de barganha do produtor frente a grandes empresas compradoras e processadoras do óleo diesel, é bem reduzido. Nesse caso, sugere-se que os produtores se organizem em associações e cooperativas a fim de fomentar o cultivo do gergelim de modo que aumente sua rentabilidade, produtividade, qualidade e eficiência. Outra forma de expandir o ganho dos produtores seria a agregação de valor à cultura, pois existe um mercado em potencial ainda pouco explorado.

domingo, 21 de agosto de 2011

Carta do agricultor Zé para Luis da cidade

Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.

Luis,
Quanto tempo. Sou o Zé, seu colega de ginásio, que chegava sempre atrasado, pois a Kombi que pegava no ponto perto do sítio atrasava um pouco. Lembra, né, o do sapato sujo. A professora nunca entendeu que tinha de caminhar 4 km até o ponto da Kombi na ida e volta e o sapato sujava.

Lembra? Se não, sou o Zé com sono… hehe. A Kombi parava às onze da noite no ponto de volta, e com a caminhada ia dormi lá pela uma, e o pai precisava de ajuda para ordenhá as vaca às 5h30 toda manhã. Dava um sono. Agora lembra, né Luis?!

 Pois é. Tô pensando em mudá ai com você.

Não que seja ruim o sítio, aqui é uma maravilha. Mato, passarinho, ar bom. Só que acho que tô estragando a vida de você Luis, e teus amigo ai na cidade. To vendo todo mundo fala que nóis da agricultura estamo destruindo o meio ambiente.

Veja só. O sitio do pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que pará de estuda) fica só a meia hora ai da Capital, e depois dos 4 km a pé, só 10 minuto da sede do município. Mas continuo sem Luz porque os Poste não podem passar por uma tal de APPA que criaram aqui. A água vem do poço, uma maravilha, mas um homem veio e falo que tenho que faze uma outorga e paga uma taxa de uso, porque a água vai acabá. Se falo deve ser verdade.

Pra ajudá com as 12 vaca de leite (o pai foi, né …) contratei o Juca, filho do vizinho, carteira assinada, salário mínimo, morava no fundo de casa, comia com a gente, tudo de bão. Mas também veio outro homem aqui, e falo que se o Juca fosse ordenha as 5:30 tinha que recebe mais, e não podia trabalha sábado e domingo (mas as vaca não param de faze leite no fim de semana). Também visito a casinha dele, e disse que o beliche tava 2 cm menor do que devia, e a lâmpada (tenho gerador, não te contei !) estava em cima do fogão era do tipo que se esquentasse podia explodi (não entendi ?).

A comida que nóis fazia junto tinha que faze parte do salário dele. Bom, Luis tive que pedi pro Juca voltá pra casa, desempregado, mas protegido agora pelo tal homem. Só que acho que não deu certo, soube que foi preso na cidade roubando comida. Do tal homem que veio protege ele, não sei se tava junto.

Na Capital também é assim né, Luis? Tua empregada vai pra uma casa boa toda noite, de carro, tranquila. Você não deixa ela morá nas tal favela, ou beira de rio, porque senão te multam ou o homem vai aí mandar você dar casa boa, e um montão de outras coisa. É tudo igual aí né?

Mas agora, eu e a Maria (lembra dela, casei ) fazemo a ordenha as 5:30, levamo o leite de carroça até onde era o ponto da Kombi, e a cooperativa pega todo dia, se não chove. Se chove, perco o leite e dô pros porco.

Té que o Juca fez economia pra nóis, pois antes me sobrava só um salário por mês, e agora eu e Maria temos sobrado dois salário por mês. Melhoro. Os porco não, pois também veio outro homem e disse que a distancia do Rio não podia ser 20 metro e tinha que derruba tudo e fazer a 30 metro. Também colocá umas coisa pra protege o Rio. Achei que ele tava certo e disse que ia fazê, e sozinho ia demorá uns trinta dia, só que mesmo assim ele me multo, e pra pagá vendi os porco e a pocilga, e fiquei só com as vaca. O promotor disse que desta vez por este crime não vai me prendê, e fez eu dá cesta básica pro orfanato.

O Luis, ai quando vocês sujam o Rio também paga multa né?

Agora a água do poço posso pagá, mas to preocupado com a água do Rio. Todo ele aqui deve ser como na tua cidade Luis, protegido, tem mato dos dois lado, as vaca não chegam nele, não tem erosão, a pocilga acabo …. Só que algo tá errado, pois ele fede e a água é preta e já subi o Rio até a divisa da Capital, e ele vem todo sujo e fedendo ai da tua terra.

Mas vocês não fazem isto né Luis. Pois aqui a multa é grande, e dá prisão.

Cortá árvore então, vige. Tinha uma árvore grande que murcho e ia morre, então pedi pra eu tira, aproveitá a madeira pois até podia cair em cima da casa. Como ninguém respondeu ai do escritório que fui, pedi na Capital (não tem aqui não), depois de uns 8 mes, quando a árvore morreu e tava apodrecendo, resolvi tirar, e veja Luis, no outro dia já tinha um fiscal aqui e levei uma multa. Acho que desta vez me prende.

Tô preocupado Luis, pois no radio deu que a nova Lei vai dá multa de 500,00 a 20.000,00 por hectare e por dia da propriedade que tenha algo errado por aqui. Calculei por 500,00 e vi que perco o sitio em uma semana. Então é melhor vende, e ir morá onde todo mundo cuida da ecologia, pois não tem multa ai. Tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazê nada errado, só falei das coisa por ter certeza que a Lei é pra todos nois.

E vou morar com vc, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usá o dinheiro primeiro pra compra aquela coisa branca, a geladeira, que aqui no sitio eu encho com tudo que produzo na roça, no pomar, com as vaquinha, e ai na cidade, diz que é fácil, é só abri e a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nóis, os criminoso aqui da roça.

Até Luis.

Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas não conte até eu vendê o sitio.

Por AMBIENTE BRASIL (www.ambientebrasil.com.br) - Luciano Pizzatto

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Gigante pela Própria Arquitetura

Texto escrito pela Elen Campos que retrata a grandeza do Mineirão com a torcida do GALO e devidamente liberado pela mesma para divulgação (já as imagens são por conta da casa!).


Ir a estádio pequeno para ver seu time jogar é bacana, principalmente pela excelente visibilidade do jogo. Mas há outros prazeres. O de ouvir o barulho da bola sendo chutada pelo zagueiro, e o estrondo que ela faz quando encontra o travessão. Nó! Pode-se também gritar alto quando houver um mínimo silêncio da multidão e se fazer ouvir pelo jogador mais próximo. Pode-se, inclusive, xingar o torcedor adversário e ver na cara dele que ficou com raiva mesmo. Mas pra mim a graça de ir à Vila Belmiro, Parque Antártica e Pacaembu não vão muito além daí. Acho até que eles diminuem a importância do jogo por serem, assim, tão pequenos.


Ir ao Mineirão é descer longe, ir caminhando rápido, passar pela cavalaria, ver os varais com camisas e bandeiras estendidas pelos ambulantes, ouvir um foguete no meio do caminho, gritar GALO ao mesmo tempo, passar por mais cavalaria, trombar com uma cara de felicidade atrás da outra.

Ir ao Mineirão é chegar perto, olhar para cima e se sentir um cisco. É parar e esperar o mais esperto do grupo ir à bilheteria e comprar ingresso. Sentir frio na barriga com medo de ele não conseguir. É pegar os ingressos na mão como se fossem de ouro. É rumar para os grandes portões, enfrentar uma fila desordenada, espremer-se para alcançar a catraca e torcer para o ingresso não engasgar logo na sua vez. É ficar aliviado quando passa, é em seguida ser revistado por policial.


Ir ao Mineirão é dar um suspiro por já estar do lado de dentro. É subir as primeiras escadas com coração palpitando, como se fosse entrar em campo. Subir as escadas seguintes ouvindo a torcida entoando suas músicas cada vez mais alto, cada vez mais perto. Subir as últimas escadas com impaciência e de repente ver a luz. Dar cara com aquele colosso de concreto, cadeiras coloridas e gente. Muita gente.

Ir ao Mineirão é achar que encontrou o melhor lugar possível. É já poder cantar junto com a torcida, já poder reparar nas faixas colocadas, já poder observar a entrada da Galoucura. É poder olhar para a torcida adversária, de longe, cantando em vão, pequenininha perto da magnitude da torcida atleticana. É sentir parte de um todo. É ter a certeza de que sozinho você não é ninguém. É pensar que daqui a alguns minutos seu time vai jogar diante dos seus olhos.

Ir ao Mineirão é visceral. Não importa o jogo, nem depende do placar, é colecionar uma passagem digna dos momentos mais marcantes da vida. Campo pequeno, visibilidade sem óculos, gritar sozinho e ser ouvido pelo alvo é para os fracos.

Ah, Mineirão, que saudade…




Autora: Elen Campos (no twitter @ElenCAM)


PS: Essa é uma postagem "extra" (não relacionada ao agronegócio).

domingo, 10 de julho de 2011

Fair Trade: Benefícios Sociais e Econômicos do Produtor ao Consumidor

Comércio Justo busca o fortalecimento da economia solidária a fim de garantir os direitos dos produtores, comerciantes, consumidores, etc.


O termo fair trade (comércio justo), de uma maneira geral, é a forma de se manter a equidade do mercado internacional. Rievers (2004) ressalta que, o comércio justo remunera tanto os agricultores quanto aos comerciantes, seja respectivamente na forma de manter a produção ou na forma de não inviabilizar o negócio.

Um dos modos de se conseguir obter o fair trade é através de certificação, assim como acontece na gestão da qualidade. No Brasil esse tipo de certificação tem crescido principalmente entre alguns produtores rurais que necessitam dessa política para garantir uma maior segurança na sua produção, sendo que sua disseminação tem acontecido de forma mais abrangente em alguns países como Alemanha, Suíça, França, Inglaterra, Estados Unidos e Canadá.


Enganam-se aqueles que ponderam essa política como sendo exclusiva para beneficiar somente os produtores rurais e empresários, pois o estabelecimento de preço justo representa para o consumidor a garantia de qualidade e preços acessíveis. Assim estabele-se uma cooperação entre produtores, consumidores e organizações a fim de aumentar a viabilidade, reduzindo os riscos e dependências econômicas.


Dentre as características do fair trade destaca-se também a promoção dos fatores étinicos, da equidade de gênero e da autogestão, que contribuem com o empregado para sua remuneração justa. Outra análise importante a ser observada é a valorização e preservação do meio ambiente, observando a produção de produtos de característica agroecológica e das atividades do extrativismo sustentável.

Com tantas especificidades, o fair trade mostra-se como uma ferramenta muito eficiente na gestão de uma organização, sendo que seus benefícios vão de encontro ao esperado pelo consumidor além de serem eficazes economicamente.

O Processo Industrial das Graxarias

Processamento de farinhas e gorduras animais tem seu segmento pouco reconhecido no país.


Um segmento de grande importância para o agronegócio brasileiro busca elevar seu reconhecimento e fortalecimento através do setor de carnes, trata-se das graxarias. Seu processo industrial é característico por desenvolver farinhas e gorduras de origem animal, utilizando-se de carnes, ossos, vísceras, sangue, entre outros.

O processamento se inicia com a moagem e trituração de uma mistura de materiais (ossos e outras partes). Em seguida, segue por rosca transportadora diretamente para o cozimento onde acontece a principal operação no processamento das graxarias (podendo ocorrer por via úmida, a seco ou por secagem). Logo, no processo de percolação ocorre a separação do sebo (gordura animal) em relação à parte sólida da massa, depois o processo se divide em duas seções, onde todo o sebo é recolhido para a seção de purificação. Já o restante da massa sólida, segue para prensagem e moagem até a obtenção da farinha. Por conseguinte, tem-se formado os dois principais produtos da graxaria que, depois de pronto, atende a vários segmentos de mercados distintos, como: ração animal (principal destino da farinha), farmacêuticos, cosméticos e biocombustível, destinos do sebo ou gordura animal (EMBRAPA, 2006).


O setor de graxaria tem uma dependência muito significativa em relação ao setor de carnes, isso possibilita aumentar a eficiência dos dois setores, pois a graxaria diminui o resíduo da indústria de processamento de carnes e possibilita uma alternativa para alimentação de aves. Entretanto, qualquer problema que venha ocorrer no setor, como a gripe aviária, ocorre um aumento no estoque das graxarias, devido à falta de compradores, havendo queda, principalmente, no consumo do produto pelas granjas avícolas.