segunda-feira, 11 de julho de 2011

Gigante pela Própria Arquitetura

Texto escrito pela Elen Campos que retrata a grandeza do Mineirão com a torcida do GALO e devidamente liberado pela mesma para divulgação (já as imagens são por conta da casa!).


Ir a estádio pequeno para ver seu time jogar é bacana, principalmente pela excelente visibilidade do jogo. Mas há outros prazeres. O de ouvir o barulho da bola sendo chutada pelo zagueiro, e o estrondo que ela faz quando encontra o travessão. Nó! Pode-se também gritar alto quando houver um mínimo silêncio da multidão e se fazer ouvir pelo jogador mais próximo. Pode-se, inclusive, xingar o torcedor adversário e ver na cara dele que ficou com raiva mesmo. Mas pra mim a graça de ir à Vila Belmiro, Parque Antártica e Pacaembu não vão muito além daí. Acho até que eles diminuem a importância do jogo por serem, assim, tão pequenos.


Ir ao Mineirão é descer longe, ir caminhando rápido, passar pela cavalaria, ver os varais com camisas e bandeiras estendidas pelos ambulantes, ouvir um foguete no meio do caminho, gritar GALO ao mesmo tempo, passar por mais cavalaria, trombar com uma cara de felicidade atrás da outra.

Ir ao Mineirão é chegar perto, olhar para cima e se sentir um cisco. É parar e esperar o mais esperto do grupo ir à bilheteria e comprar ingresso. Sentir frio na barriga com medo de ele não conseguir. É pegar os ingressos na mão como se fossem de ouro. É rumar para os grandes portões, enfrentar uma fila desordenada, espremer-se para alcançar a catraca e torcer para o ingresso não engasgar logo na sua vez. É ficar aliviado quando passa, é em seguida ser revistado por policial.


Ir ao Mineirão é dar um suspiro por já estar do lado de dentro. É subir as primeiras escadas com coração palpitando, como se fosse entrar em campo. Subir as escadas seguintes ouvindo a torcida entoando suas músicas cada vez mais alto, cada vez mais perto. Subir as últimas escadas com impaciência e de repente ver a luz. Dar cara com aquele colosso de concreto, cadeiras coloridas e gente. Muita gente.

Ir ao Mineirão é achar que encontrou o melhor lugar possível. É já poder cantar junto com a torcida, já poder reparar nas faixas colocadas, já poder observar a entrada da Galoucura. É poder olhar para a torcida adversária, de longe, cantando em vão, pequenininha perto da magnitude da torcida atleticana. É sentir parte de um todo. É ter a certeza de que sozinho você não é ninguém. É pensar que daqui a alguns minutos seu time vai jogar diante dos seus olhos.

Ir ao Mineirão é visceral. Não importa o jogo, nem depende do placar, é colecionar uma passagem digna dos momentos mais marcantes da vida. Campo pequeno, visibilidade sem óculos, gritar sozinho e ser ouvido pelo alvo é para os fracos.

Ah, Mineirão, que saudade…




Autora: Elen Campos (no twitter @ElenCAM)


PS: Essa é uma postagem "extra" (não relacionada ao agronegócio).

domingo, 10 de julho de 2011

Fair Trade: Benefícios Sociais e Econômicos do Produtor ao Consumidor

Comércio Justo busca o fortalecimento da economia solidária a fim de garantir os direitos dos produtores, comerciantes, consumidores, etc.


O termo fair trade (comércio justo), de uma maneira geral, é a forma de se manter a equidade do mercado internacional. Rievers (2004) ressalta que, o comércio justo remunera tanto os agricultores quanto aos comerciantes, seja respectivamente na forma de manter a produção ou na forma de não inviabilizar o negócio.

Um dos modos de se conseguir obter o fair trade é através de certificação, assim como acontece na gestão da qualidade. No Brasil esse tipo de certificação tem crescido principalmente entre alguns produtores rurais que necessitam dessa política para garantir uma maior segurança na sua produção, sendo que sua disseminação tem acontecido de forma mais abrangente em alguns países como Alemanha, Suíça, França, Inglaterra, Estados Unidos e Canadá.


Enganam-se aqueles que ponderam essa política como sendo exclusiva para beneficiar somente os produtores rurais e empresários, pois o estabelecimento de preço justo representa para o consumidor a garantia de qualidade e preços acessíveis. Assim estabele-se uma cooperação entre produtores, consumidores e organizações a fim de aumentar a viabilidade, reduzindo os riscos e dependências econômicas.


Dentre as características do fair trade destaca-se também a promoção dos fatores étinicos, da equidade de gênero e da autogestão, que contribuem com o empregado para sua remuneração justa. Outra análise importante a ser observada é a valorização e preservação do meio ambiente, observando a produção de produtos de característica agroecológica e das atividades do extrativismo sustentável.

Com tantas especificidades, o fair trade mostra-se como uma ferramenta muito eficiente na gestão de uma organização, sendo que seus benefícios vão de encontro ao esperado pelo consumidor além de serem eficazes economicamente.

O Processo Industrial das Graxarias

Processamento de farinhas e gorduras animais tem seu segmento pouco reconhecido no país.


Um segmento de grande importância para o agronegócio brasileiro busca elevar seu reconhecimento e fortalecimento através do setor de carnes, trata-se das graxarias. Seu processo industrial é característico por desenvolver farinhas e gorduras de origem animal, utilizando-se de carnes, ossos, vísceras, sangue, entre outros.

O processamento se inicia com a moagem e trituração de uma mistura de materiais (ossos e outras partes). Em seguida, segue por rosca transportadora diretamente para o cozimento onde acontece a principal operação no processamento das graxarias (podendo ocorrer por via úmida, a seco ou por secagem). Logo, no processo de percolação ocorre a separação do sebo (gordura animal) em relação à parte sólida da massa, depois o processo se divide em duas seções, onde todo o sebo é recolhido para a seção de purificação. Já o restante da massa sólida, segue para prensagem e moagem até a obtenção da farinha. Por conseguinte, tem-se formado os dois principais produtos da graxaria que, depois de pronto, atende a vários segmentos de mercados distintos, como: ração animal (principal destino da farinha), farmacêuticos, cosméticos e biocombustível, destinos do sebo ou gordura animal (EMBRAPA, 2006).


O setor de graxaria tem uma dependência muito significativa em relação ao setor de carnes, isso possibilita aumentar a eficiência dos dois setores, pois a graxaria diminui o resíduo da indústria de processamento de carnes e possibilita uma alternativa para alimentação de aves. Entretanto, qualquer problema que venha ocorrer no setor, como a gripe aviária, ocorre um aumento no estoque das graxarias, devido à falta de compradores, havendo queda, principalmente, no consumo do produto pelas granjas avícolas.